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IEDE promove atendimento especializado a crianças com diabetes

13/11/2023

A falta de vontade para brincar, o emagrecimento rápido, fazer xixi em excesso e o aumento da fome são alguns sinais de que seu filho pode estar com diabetes. Saber distinguir os sintomas é fundamental para que a doença não avance. No Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE) – referência no tratamento da doença – cerca de 1.500 crianças foram tratadas na rede pública do estado do Rio de Janeiro, em 2022.

A endocrinologista pediátrica Dra. Latife Salomão Tyszler, responsável pelo serviço de endocrinologia pediátrica da unidade, explica que os pais e os responsáveis devem ficar atentos aos sinais que aparecem, em especial com as crianças que ainda não sabem falar.

“É necessário observar o comportamento da criança e o tipo de alimentação que ela faz, principalmente as que ainda não sabem falar. Crianças desregradas e com uma alimentação ruim têm grandes riscos de desenvolvimento da doença. A realização de exames de rotina simples como uma glicemia é indicada para se ter segurança quanto ao diagnóstico da doença.”, explica Dra Latife

O serviço prestado no IEDE é feito pelo ambulatório a crianças a partir dos 12 anos. O local funciona de segunda a sexta-feira, manhã e tarde, com agendamento prévio via regulação, feito por endocrinologista, pediatra, nutricionista, psicólogo e enfermagem. A unidade realiza os exames de acompanhamento e promove a internação, com indicação médica, de pacientes com diabetes tipo I (aqueles que não produzem insulina). Já o Programa de Educação em Diabetes desenvolve o trabalho contínuo de orientação a pacientes, familiares, tratamento e como enfrentar o diabetes. Em 2023, foram realizados 847 atendimentos no ambulatório.

Tipos de diabetes em crianças

O diabetes em crianças apresenta alguns tipos. Os principais são diabetes tipo 1 e o diabetes tipo 2. O que diferencia as duas doenças é a razão pela qual isso ocorre. No tipo 1, o excesso de açúcar no sangue provoca emagrecimento, perda de peso, muita fome, entre outros sintomas.

A maior parte dos casos de diabetes infantil é do tipo 1. Essa forma é resultado de um processo autoimune, quando o corpo produz anticorpos contra as células beta pancreáticas, levando à deficiência de insulina.

Já no diabetes tipo 2, há uma grande influência genética agravada pela obesidade e pelo sedentarismo. Ele acomete cerca de 90% dos pacientes diabéticos e, apesar de ser mais comum entre adultos, nas últimas décadas tem sido observado um aumento de crianças com diabetes tipo 2, associado ao aumento da obesidade infantil.

A doença

O diabetes mellitus é uma doença crônica que se caracteriza pela deficiência do hormônio insulina ou pela resistência à sua ação. A insulina desempenha papel vital no equilíbrio da glicose no sangue, permitindo que o açúcar seja absorvido pelas células para produzir energia.

Sintomas

Os principais sintomas estão associados a sede excessiva, aumento na frequência urinária, aumento do apetite, perda de peso, visão turva, falta de vontade para brincar, etc. Descuidar com o tratamento pode gerar, a curto, médio e longo prazo, complicações renais, cardíacas e vasculares, podendo levar à cegueira e amputações.

O tratamento

O tratamento do diabetes infantil é feito de forma individualizada, de acordo com o tipo apresentado pela criança – ou seja, se é dependente (tipo 1) ou não (tipo 2) de insulina – e de acordo com o estágio da doença. A família deve apoiar a criança, incentivando a prática de atividades físicas, incluir na dieta a ingestão de frutas, vegetais, legumes e alimentos com baixo teor de sal e gordura.

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