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IEDE ilumina fachada para alertar sobre a obesidade

12/10/2015

Nesta semana, o Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), referência no tratamento de doenças endocrinometabólicas no Estado do Rio de Janeiro, iluminará sua fachada de vermelho, em comemoração ao Dia Mundial de Prevenção da Obesidade, celebrado no dia 11 de outubro. A ação visa chamar a atenção da população para a urgência de se tomar atitudes contra o aumento das estatísticas em obesidade no Brasil.

Segundo o endocrinologista Walmir Coutinho, chefe do Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares do IEDE e presidente da Federação Mundial de Obesidade, dados do serviço de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), do Ministério da Saúde, de 2014, registraram que a população brasileira apresentava 17,9% de pessoas obesas e 52,5% com excesso de peso.

“Esses dados ficaram estáveis, entre 2013 e 2014, mas não é um dado que tranquilize, pois não apresenta viés de queda. Ao contrário, em 2006, por exemplo, o percentual de pessoas acima do peso estava em 46%. Precisamos intensificar medidas preventivas para conter o aumento das estatísticas”; ressalta ele.

Segundo Walmir Coutinho, enquanto não forem realizadas ações efetivas para prevenção da obesidade, a meta de conter esse crescimento até 2025 não será cumprida. Ele afirma que é preciso que sejam colocadas em prática medidas como incentivos fiscais para alimentos saudáveis, taxação de produtos que estimulem a obesidade e restrição do marketing de alimentos para crianças.

“O quadro de obesidade se agravará, se não houver esses avanços. No Brasil, algumas iniciativas foram tomadas, como a rotulagem nutricional e a determinação de alimentação saudável nas escolas, mas ainda há muito que se fazer”, alerta Coutinho.

No âmbito populacional, a preocupação é com o índice de sobrepeso de crianças e adolescentes. O especialista explica que é preciso alertar as famílias sobre o diagnóstico da obesidade e que é muito importante envolver os pais no tratamento, que é baseado em reeducação alimentar e estimulo à atividade física.

Sobre o IEDE – No IEDE, nos últimos doze meses, cerca de 12 mil pessoas foram atendidas nos ambulatórios da unidade, que tratam de obesidade, compulsão alimentar, obesidade mórbida e síndrome de Prader Willy, doença genética que afeta o desenvolvimento da pessoa, resultando na obesidade. Eles são acompanhados por uma equipe multidisciplinar, formada por endocrinologistas, psiquiatras, psicólogos e nutricionistas, de acordo com o histórico do caso. Os serviços de Metabologia, Diabetes e Endocrinologia da unidade também auxiliam no tratamento destes pacientes, uma vez que a obesidade está relacionada a outras doenças endocrinometabólicas.

Os pacientes são regulados pela rede de atenção básica, como postos de saúde e clínicas da família, que fazem o encaminhamento à unidade através do Sistema de Regulação (SISREG).

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