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Atendimentos do Samu a casos de síndrome respiratória crescem 125% em dezembro

10/01/2022

Em números absolutos, foram 1.573 chamados por ambulâncias. Já em novembro, o registro foi de 700 ocorrências

 

O mês de dezembro registrou um aumento de cerca de 125% de chamados por ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para atendimentos em que ao menos um dos sintomas era problema respiratório. A comparação é com o mês de novembro, que registrou 700 chamados. No mês seguinte, foram 1.573 casos, uma média de 50 casos por dia.

 

Os dados são da coordenação do Samu na cidade do Rio de Janeiro, e envolvem casos de síndromes gripais, covid-19 e outras condições com relato de dificuldade respiratória. Já na comparação com o mês de outubro, que teve 516 chamados por ambulâncias, as ocorrências de dezembro representam aumento de aproximadamente 205%. Já nos primeiros três dias deste ano, foram 86 casos no total.

 

Para o infectologista Alberto Chebabo, que representa a UFRJ no comitê científico da prefeitura, o aumento dos casos está relacionado, provavelmente, à gripe influenza.

 

“A influenza era o vírus de maior circulação em dezembro. Isso até o dia 20, quando começaram a aumentar os casos de covid. Mas, até o momento, não houve impacto de internação por covid na cidade do Rio. A grande maioria dos casos de síndrome respiratória aguda grave são por influenza”, diz Chebabo, acrescentando que dados recentes apontam para a queda dos casos de gripe no Rio.

 

“Ainda estamos com muitos casos, mas com queda importante nas últimas duas semanas. Neste momento, a curva descendente na cidade”.

 

O médico e epidemiologista Roberto Medronho e a infectologista Margareth Portela também atribuem a maioria dos chamados para o Samu a casos de gripe influenza.

 

“É provável que em dezembro seja devido principalmente à influenza. Mas, daqui para frente, deve ser pela variante Ômicron”, aponta Medronho.

 

Margareth Portela acredita que, mesmo em menor grau, pode haver casos de contaminação por Ômicron nos chamados ao Samu. Porém, os problemas nos bancos de dados do Ministério da Saúde, que sofreu ataque hacker recentemente, impedem que se tenha uma noção real e detalhada dos casos de Srag no país.

 

“Os bancos de dados são alimentados por governos estaduais e municipais. E houve um apagão no sistema que bagunçou essa entrada de informações. A situação ainda não está normalizada. Este é um problema grave, que impede a gente de saber o que está acontecendo exatamente. Agora, é possível que haja chamados para o Samu por casos de Ômicron no Rio. O fato de a variante provocar, em média, casos menos graves, não quer dizer que não possa gerar um caso grave. A rigor, uma pessoa muito vulnerável, pode desenvolver um caso grave”.

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